PERGUNTAS FREQUENTES
Fazer uma biópsia significa que tenho chances de ter câncer?
Nem sempre. Este procedimento é indicado sempre que há necessidade de esclarecimento (confirmação ou descarte de uma suspeita diagnóstica) de uma doença, seja ela câncer ou não. Muitas outras doenças também podem ser diagnosticadas através de biópsias.
Como deve armazenar e transportar o meu material?
As recomendações para armazenamento e transporte de material biológico dependem do método de coleta da amostra. Em caso de dúvida procure sempre orientação antes de realizar o procedimento. No caso de biópsias ou de cirurgia com remoção de órgão, o material deve ser acondicionado em recipiente adequado e acrescentado o líquido fixador seguindo uma proporção de 1:10 (volume de fixador dez vezes maior que o volume do material). Devemos lembrar que os materiais maiores como peças cirúrgicas devem ser levados rapidamente ao laboratório de patologia para uma fixação mais eficaz. Em nosso meio, o fixador mais utilizado é a formalina a 10% (formol). No caso de material colhido por meio de raspados, esfregaços ou punção aspirativa, em que o médico entrega um frasco com as lâminas contendo esse material, também deve ser colocado em líquido fixador para preservação das células. Geralmente utiliza-se álcool absoluto ou a 95% Quando o material colhido é uma coleção líquida, proveniente de uma drenagem por exemplo, pode-se também manter o recipiente no qual ele foi acondicionado resfriado em geladeira por algumas horas ou acrescentar uma mesma quantidade de líquido fixador. Se o material colhido for destinado para exame per-operatório (exame de congelação), então NÃO deve ser colocado em nenhum fixador antes de ser examinado pelo médico patologista. Geralmente essas peças cirúrgicas são entregues ao médico patologista durante o ato cirúrgico e ele próprio vai acondicionar o material proveniente de biópsia por congelação.
Como e onde é obtido material para a análise em um laboratório de patologia?
Em ambulatórios, consultórios e/ou hospitais. A amostra do tecido(biópsia), o órgão (peça cirúrgica) ou o esfregaço citológico são coletados pelo médico cirurgião ou pelo médico clínico que assiste o paciente. Esse material é entregue ao paciente e este então o entrega ao laboratório de Patologia de sua escolha.
Por que tenho que esperar tanto para receber meu resultado?
Quando as amostras do paciente chegam ao laboratório, elas são devidamente identificadas e passam por várias etapas de processamento até que o laudo com o resultado possa ser emitido. São elas:
1. Exame Macroscópico – o médico patologista examina a amostra a olho nu e identifica as áreas que melhor representam a doença.
2. Clivagem – as amostras são cortadas (clivadas) em pequenos pedaços representativos.
3. Preparo de tecidos – o material clivado precisa passar por múltiplos e sucessivos banhos em álcool, xilol e parafina para que se tornem adequados para análise posterior.
4. Inclusão – os tecidos já preparados pela etapa anterior são colocados em blocos de parafina a fim de serem cortados depois.
5. Corte – através de um aparelho chamado micrótomo, é possível cortar o bloco de parafina contendo a amostra em fatias muito finas e delicadas, que variam de 3 a 5 micra. Lembrando, 1 micra é mil vezes menor que 1mm! Depois, estas finas fatias são colocadas sobre lâminas de vidro.
6. Desparafinização – as lâminas de vidro que agora contém as fatias de parafina com os tecidos amostrados precisam permanecer um tempo na estufa em temperatura mais alta que a ambiente.
7. Coloração – nessa etapa é que os tecidos amostrados adquirão cor para serem analisados ao microscópico depois. A coloração de rotina, ou seja, a usual para amostras de tecidos é a coloração pelo método de hematoxilina e eosina (H&E) e para amostras de esfregaços citológicos é pelo método de Papanicolaou.
8. Exame Microscópico – é a última etapa antes da emissão do laudo. O médico patologista olha a lâmina corada, analisa os aspectos morfológicos e compõe o diagnóstico final sempre que possível.
Então o processo não é realizado por máquinas? É um processo demorado e subjetivo?
Sem dúvida. O processamento técnico leva no mínimo 48 horas e depende de um profissional especializado, local e aparelhagem adequados. A análise macroscópica e microscópica é feita individual e isoladamente, não permitindo jamais a automatização. O tempo despendido nas etapas é bastante variável e também depende do grau de dificuldade de caso a caso, da correlação com outros exames e da correlação entre os achados morfológicos com as queixas / sintomas e sinais clínicos do paciente.
Qual a documentação necessária para a realização dos exames?
O material pode ser entregue no laboratório pelo próprio paciente ou por um responsável (de preferência, com grau de parentesco).
É necessário apresentar os seguintes documentos:
– documento de identidade com foto do paciente e CPF.
– pedido / requisição do exame preenchido pelo médico-assistente.
– cartão do convênio (se for o caso).
– documento de identidade com foto do responsável (se for o caso).
– no caso de exames particulares, o pagamento deverá ser realizado no momento da entrega do material.
Se eu quiser retirar meu material do laboratório, o que preciso fazer?
Para a retirada de material (bloco de parafina e/ou lâmina), é necessário ligar com antecedência e solicitar a retirada. Na data marcada para a retirada, o paciente e/ou o responsável deve comparecer ao laboratório portando a solicitação da retirada de material preenchida pelo médico-assistente, documento de identificação com foto do paciente e, se for o caso, documento de identificação com foto do responsável.
PERGUNTAS FREQUENTES SOBRE OS EXAMES
Se o álcool do pote de preventivo entornar, o que devo fazer?
Se isso acontecer, basta encher o frasco com álcool novamente (álcool absoluto, líquido – não em gel. É aquele que se encontra em supermercado). O importante é não deixar a lâmina dessecando no recipiente sem álcool.
Por quanto tempo o meu material ficará armazenado no laboratório?
Por lei, o laboratório deve manter a guarda de blocos de parafina e lâminas por 5 anos.
Geralmente, as reservas das peças cirúrgicas ficam armazenadas por 6 meses.
O que preciso para realizar o exame de imuno-histoquímica?
Para realização deste exame é indispensável a apresentação dos documentos (já descritos acima), além de: – bloco(s) de parafina e laudo anátomopatológico original. Não é possível realizar este exame apenas com a(s) lâminas(s), portanto é indispensável trazer o(s) bloco(s) de parafina. Deve-se tomar o devido cuidado para não quebrar a(s) lâmina(s) e não expor o(s) bloco(s) de parafina ao calor, pois eles podem derreter o(s) bloco(s). No momento da entrega do material, deverá ser assinado um termo de esclarecimento e de consentimento pelo paciente ou responsável, uma vez que este exame seguirá para outra cidade. Lembre-se sempre que o responsável deve levar seu próprio documento de identidade com foto, além do documento do paciente e o CPF do paciente.
Quanto tempo o material pode ficar no frasco com formol? E o preventivo? É preciso deixar em geladeira?
Indefinidamente. Mas o ideal é que sejam entregues no laboratório no máximo 48 horas para amostras que estejam no formol e no máximo 5 dias para as amostras de lâminas que estejam em recipiente com álcool. Não é necessário armazenar sob refrigeração.
Colhi líquido (de derrame pleural / de líquido do abdome / de líquor). Posso aguardar quanto tempo para levar o material para o laboratório?
Esses materiais devem ser entregues imediatamente ao laboratório. Isto porque são materiais que, ao contrário das biópsias e dos preventivos, não estão acondicionados com fixadores (formol, por exemplo). Se for necessário, pode aguardar até 2h da coleta, mas é importante que permaneçam sob refrigeração enquanto isso.
O material em formol pode transmitir doença?
O formol é um produto químico que esteriliza o material. Não há riscos de transmissão de doenças se o material já estiver fixado.